domingo, 8 de agosto de 2010

Rosa branca, continuação...

Seus cabelos longos,seus olhos castanhos. Ainda estava em sua mão aquele papel da pagina quarenta e três. Ainda chorava ao ler as frases, não era um choro de tristeza, mas uma alegria enorme, um amor que flui donde não existia para onde pode existir e saiu do abismo para um realidade social. Seus olhos castanhos ainda encantavam o mesmo garoto e ele ainda olhava de uma forma tão simples para ela que a encantava e a deixava feliz. Ele passou próximo da mesma e a deu uma rosa branca que estava ainda a brotar, ela o indagou: - Por que dai-me uma rosa a desabrochar? Ele a olha com um sorriso e não a responde, ela o olha e fica inquieta a pensar o por que da rosa não desabrochada e as linhas do papel da página que a fez feliz a alguns dias vieram a ter sentido quando se diz: - Um amor a desabrochar é igual a uma rosa branca calada na noite. E ela sentou-se e deixou o sol a bater na rosa, fora a uma sala. A sala estava organizada, estava todas as cadeiras enfileiradas e as janelas aberta, uma folha de papel sobre uma cadeira ao canto, era somente mais uma folha em branco com sentido nenhum, somente o branco apavorante que deixa o mistério e medo no coração, sai e a visão que tem é uma rosa lentamente a desabrochar e corre pelos corredores, desce as escadas e encontra o menino.

O encontro dos dois fora como uma parda do ponteiro dos segundos e a continuação dos movimentos ao redor, um olhar a outro mudavam sem que os segundos acompanhassem somente os dois. E em um segundo depois que não existiu, beijaram-se e o ponteiro que parado pelo mesmo tempo que o move continuou a mover-se e um beijo calou a voz dos dois que nem manifestou-se, mas a beleza da cena fora interrompida pelo sinal que tocara e cada um fora para um lado. E a rosa branca que estava antes com a mesma teve sentido e ao desabrochar mudou um ciclo do relógio e converteu os dois a um amor, uma paixão que mesmo com tudo que viveram não fora concretizado.
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