sábado, 17 de julho de 2010

Mulher de vermelho, continua ...

A chuva voltou, pingos caem no chão deixando-o molhado e o transformando em espelho de cristal, quebrado a cada passo sobre o mesmo. Uma cama, somente a cama, sobre ela um lençol fino branco, nada de mais, somente o retrato de um quarto como outro qualquer. A janela aberta a procura de sua liberdade. O ar circulava cada canto dos cómodos. Uma mulher jogada sobre a cama, com uma força tão doce quanto amarga sua presença, seu contraste para com as cores suaves que ganham uma vibração forte, um vermelho que ao cair sobre os lençóis aparenta a mancha de amor ou ódio ao mesmo tempo. Leve deslizada dos dedos sobre a face da mulher de vermelho, entrega do corpo com ódio e desejo, os lábios do homem que a acompanha descem o seu corpo, a beijam, a sentem. Logo somente se vê no quarto o perfume do desejo, o contraste se perdi ao chão, assim vai-se o tempo. As unhas pintadas também de vermelho arranham as costas do homem que a acompanha, as fixam, enlouquecem-os de desejo. Deixam de serem corpos separados a unir-se em somente um, encaixando-se perfeitamente um ao outro, cada qual conhecendo suas almas.

Dores, chamas de prazer são declaradas a cada momentos de unificação. São brasas que mantém-se acesas sem a necessidade de mais nada existir, e o momento torna-se longo e eterno. A janela que procurava liberdade a encontra ao entrar pelo seio da paixão e tornarem-se um quebrados em dois.

2 comentários:

  1. Muito, muito, muitissimo boa essa história.
    Continue ^^
    Beijos&Cheiros. =)

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  2. Ainda bem que você gostou laís, as proximas partes podem ser muito boas, espero abraços.

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