quarta-feira, 30 de março de 2011
Mentira falsa, verdade não dita.
Como um espirito que se aproxima
Angustia que me destroi o coração
Lamina que corta meu corpo
Mentira que me afoga a alma
Sonho que me trás ao rosto lagrimas
Dor que me remete ao que deveria ser feliz
Som da mais nobre lembrança
Momento que nunca hei de esquecer
Pilar fragmentado
Ideia escura que jamais pude entender
Duvida sobre o que pode e não pode
Voo que um dia pensei em decolar
Azas que me ampuntaram quando criança
Esperança que tive que costurar, remendar, enganar
Engano de mim mesmo, lembrança de um passado não tão distante
Sinfonia de uma nota só
Quadros sem pinturas
Telas desbotadas
Pensamento findado, enganado, enlouquecido
Poema mentido, forjado, tentado
Dom inexistente
Olhar falso, pessoa falsa, engano falso
Falsidade clara
Gema de um ovo que se partiu quando não pode mais aguentar:
A pressão que subiu e já não pode mais conter,
O estouro da mente e angustia da alma,
O som da mais nobre lembrança
Amar, verbo sem complemento
e Por que tentar ter alguem para complementar este verbo
Pensar no que se pode dizer
Ou dizer e esperar pensar no que foi dito
Calar para nunca poder, ou fazer para depois calar-se.
Negar o amor que se tem, pois este não precisa de complemento
Mas sinto-me na necessidade de completar.
Mentir sobre o som que me trás uma esperança
Falsidade clara
Mentira guardada
Amar, verbo sem complemento
Mentira, ato de verdade
Verdade, ato de engano
Duvida ato de conhecer
Ter ato de não possuir
Sentir ato que não se explica
domingo, 13 de março de 2011
Morte
De meus olhos o ultimo vuto de vida
Da minha boca o ultimo jogar de ar
Minha alma, a loucura de quer viver
A mim o assinar da morte
Dar ao assassino a mim mesmo
Meu corpo, matéria modelável,
Meu corpo? Cinzas somente isso
Minha vida? Mentiras formadas para alimentar uma verdade que me acalma
Sonhos? Já foram muitos, mas hoje já não são mais nada
O redemoinho chamado vida(morte) nos leva a ir para o fim
Meu fim de qualquer forma nunca soube
Acho que o melhor de morrer(viver) e poder não saber como vai ser
O caminho inesperado, olhando para o passado e tentando pensar como?
Como foi que cheguei aqui?
Minhas mãos modelaram o presente...
O futuro? Incerteza, certa de que quero continuar tendo
Minhas noites, meus segundos, o agora é tão imprevisível quanto ao daqui a pouco
Não, realmente não vivo pensando como vai ser os próximos segundos, pois
até estes que está a pensar já se passaram.
A certeza que tenho desta vez não é paradoxal
A certeza do passado intocável, sem direitos a correção, ...
Reticências por que somente ela que diz tudo, ou nada, nunca nos pensamos
E a morte chega e nós nunca vemos.
O que mais me aflige é não saber, mas saber
Passei tanto tempo esquecendo da morte
Que ela me fez lembrar
Passei tanto tempo mentindo para mim mesmo, criando minha verdade
E esqueci da verdade real, da verdade que não quis para mim
Apaguei da memória as cinzas, por que hoje nem ela, nem eu existem mais.