Inicio de manhã, o sol começa a bater quente sobre o chão. Patrícia está descendo as escadas do prédio onde mora. Bom dia para o porteiro e segue. Seu vestido vermelho na altura do joelho e com batom meio rosa, sua pele morena hidratada atraia o olhar de qualquer mulher, homem, menino, menina. Ela desce as escadas de seu bairro e é vislumbrada por Adilson que sempre baba ao olhar cada passada que Patrícia dá com aquele seu vestido vermelho, aquele decote no tomara que caia. Patrícia estava excepcionalmente linda naquele dia. Ela chega próximo de Adilson e o dá um beijo meia lua e vai. O menino procura o primeiro banheiro próximo a ele. –Não pensem besteiras-.
Ponto
de ônibus. Sinaliza com a mão a parada do ônibus, os seios estão cada vez mais
exposto e a motorista para admirada com a situação da menina. Entra no ônibus,
o cobrador pausa alguns segundos até que Patrícia pede para que o mesmo cobre a
passagem. Corredor de lotados, quase nenhum, nenhum lugar para passa entre as
pessoas no corredor do ônibus. Jovens sentados nas cadeiras preferenciais de
idosos, idosos em pé. Patrícia revolta-se com a situação e pede que uma
estudante se levante e dê o lugar para a idosa. A menina revoltada com a
situação briga com Patrícia.
-O
que você tem haver com isso, sua...?
-Que
eu saiba essa cadeira é para idosos.
-Minha
tia nem disse nada e você fica falando. O que é que tem minha tia ir em pé só
meia horinha. Não é não minha tia?
-Não
precisa não minha filha, pode fica na cadeira- fala a idosa.
-Não
minha tia, não é assim que a banda toca não. Levanta menina.
Todos
no ônibus ficaram a favor de Patrícia e o cobrador pediu que a menina saísse do
lugar. Claro que não foi bem o cobrador. Cobrador de ônibus na maioria das
vezes está com o fone de ouvido ouvindo seus pagodes, funks dentre outros
estilos. Quem mandou a menina levantar foi uma carinha que estava sentado logo
atrás da menina.
Parada
de ônibus. Patrícia desce frente à casa de seu serviço. Toca a campainha. O
interfone pergunta quem é a pessoa que está. Patrícia responde que a prestadora
de serviço. Entra na casa da mulher – A mulher se refere à Leocondina, senhora
moradora do bairro de Iburitã. –
Leocondina entra na sala onde já se encontra Patrícia que minutos atrás fora ao
banheiro da casa trocar-se; agora estava com uma roupa branca, com mangas, com
sapato baixo e avental higienizado. Leocondina a chamou até a área. Telefone de
Patrícia toca e a mesma pede alguns minutos a sua cliente que a concede. No
celular era Bob seu namorado, cinco anos mais novo que ela, e que trabalha
também com prestação de serviço. Patrícia nunca soube muito bem o ramo em que
Bob trabalha, mas sabe que ele é representante de uma empresa. Bob liga para
desmarcar o cinema de quinta a tarde; ele iria ter que atender a um cliente as
três horas da tarde. Chateada Patrícia diz que tudo está bem e diz que precisa
trabalhar.


-Obrigado
gatinha. – Diz com uma voz sussurrante.
-O
que é isso menino? – Diz ela encabulada.
-Isso
é um pouquinho que você pode ter se quiser. Me liga.
Manuel
desde o inicio quando Patrícia começou a trabalhar para sua mãe a achava
atraente e em todas as oportunidades em que os dois pudessem ficar sozinhos ele
aproveitava para tentar galantear a garota. Sempre fiel ao seu namorado- Burra
[vocês entenderão por que.]- Patrícia não se entregava o menino que era uns 6
anos mais novo que ela, usando palavras dela: -Quem gosta de leite ninho é neném,
não eu.
Autor: L.A.Silva.
Continua...
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