sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Menina

Eu sou uma pequena gota
Filho da vida da morte
Sou homem, pura sorte

Sou filho dos opostos
Se eu pudesse escolher
Escolheria o medo
Com ele posso me refugiar em teus braços
Se pudesse escolheria a vida
Pois mesmo que tudo dê errado
Teria vivido

Ando pelo mundo
Querendo ver as pequenas pedras do rio
Sonhando em ser a gota em teus lábios
Queria ter chegado antes em sua vida
Não foge
Só você que me faz sentir o prazer em viver

Eu8 sou o oposto
Sou o mundo
E minha alegria
Somente se perdeu

Meu amor são folhas
Que meus pensamentos se tornaram,
Deserto sem ti ter
Ando pela vida
Querendo achar a resposta
Amostra
Um momento e só

Vive atrás da vida e ela bem ao lado
E hoje se foi, foi
Hoje a vejo pela janela de um quarto
Veja a gota
O sol calado
O tempo como o lápis
Definindo a folha
Com cada pequena coisa
Tudo me lembra daquela janela
A mesma trégua, os olhos dela
Só ela.

Ela que vem com jeito de sol
Dançando em meu coração
Cada coisa confusa em minha mente Meus olhos fechados
O tempo calado, sóbrio e vazio
À noite
No pequeno tempo
A vida minúscula, meus passos

Ainda sonho com ela, com o brilho dela
Com a noite
Versos que sumiram do meu corpo
A minha alegria o tempo passado
Um sonho jogado no poço
Sem dó e desgosto

Só vivo um instante
Aquela menina
A menina dos olhos do mais
Do meu coração

Eu vi um sorriso falso
Vi a fome, a miséria
Eu vi a noite
Os desejos, a felicidade
Vi o brilho, o ofuscado
Não esqueço do menino sentado

Mais do que as coisas que vi
Foi sentir um amor
Que até hoje brilha no olho dela, o sorriso dela
Foram com o vento
Guardados na memória
Ela, somente ela

Hoje sentado
Lembrando o perfume das noites
São as coisas que me fogem as palavras para definir
Que nunca esquecerei
Ela! Só ela
Menina

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