domingo, 26 de dezembro de 2010

Teu corpo ao meu


O doce beijo quente

Os corpos duros um encostando-se ao outro

Minha língua já se permite chupar de todo o doce amargo que tem seu corpo

De mim só resta gozo e prazer e de teu corpo resta-me aventuras, desejos, paixões

Teu corpo duro sinto tocar no meu, minha mão treme ao teu encontro

Mas sinto teu gozo quente em minhas mãos e deitamos a cama.

Já digo que perco a liberdade e não me sinto de nenhuma forma feliz, não me sinto feliz

Só sinto-me de fato atraído, seduzido, tocado, apaixonado.

Mas a paixão que se esfria como gelo e derrete como lava em meu coração

Meus olhos dizem minha infelicidade

Minha boca implora por teu corpo, teu amor, mas...

Mas eu sei de fato que nunca poderás me amar, assim que sinto-me

Sinto-me fraco, sinto-me triste, sinto-me amado

Num amor que só quer meu corpo e não meu coração.

Então só digo, que minha tristeza depois disso tudo em minha vida é tão grande

Que nem mesmo eu compreendo agora quem sou e se um dia poderei ser feliz.

O incompreensível




Acho, aliás, tenho certeza e todos que convivem comigo hão de concordar que todos os sentimentos e dores que vivemos foram mais intensos que antes e o medo que sentimos iam a cada dia aumentando como uma bola imensa, como um fio de agulha, como uma bala de algodão, parecem tão absurdos esses medos, tão sem sentido, mas nós que sofremos sabemos o sentido. A todos mil perdões, mas vocês não sabem o que é o nosso sofrer. Nenhum que seja até o mais próximo que esteja vai poder compreender o nosso medo, as nossas escolhas, nossas aflições.

De todos os meus problemas, as soluções, foram os problemas que me uniram com pessoas que hei de guardar, como folhas secas de um livro de memórias branco, sempre disposto a se reinventar. Sei que minhas dores tão quanto minha mente de certo, nem mesmo os que vivem comigo poderão compreender. Meus problemas, minha farsa, dizer que está tudo bem, para meu inimigo a luta não me derrotar. As lagrimas que chorei foram a minha expiração e força, as loucuras que sorri foram meus pontos de fuga, minha realidade foi meu motivo de luta, minha felicidade foram os momentos que jamais hei de esquecer.

A cada amigo meu, devo de coração as mais sinceras lagrimas de agradecimento. Como alguém pode entender-me? Não foi ninguém que sofreu por mim o que eu sofri, ninguém ficou as noites em claro por mim, ninguém teve que ver a necessidade de casa chamar, ninguém teve que ver a dor da separação, ninguém viu a porta do amor. Ninguém olhou para mim e no meu olhar de sorrisos enxergou a mais profunda tristeza que pude sentir, a ausência, a solidão. E hoje, pensando, vi que me senti tão só, tão incapaz e a mão de um amigo veio a me socorrer. A todos digo que meus amigos foram e serão minha família. A eles vejo, convivo e aprendo mais que a minha Família, de fato nossos laços serão eternos. Ninguém talvez será capaz de compreender a dor que eu sentir e a tristeza alegre que um dia pude cantar, mas se chegarem bem próximo a mim verão que quem mais pode me desvendar serão meus amigos.

O ano é como uma jornada que se perde na vida, na memória que quando velha apaga, mas o sentimento mais intenso, a dor mais forte, o choro mais aclamado, a solidão apavorante, o medo incompreendido, a negação de quem não conhece, a desmotivação do próprio amigo, a vitoria da alegria que nos rege por essa desgraça que vivemos. A todo ano que nasce digo a ele que se perca, pois meus anos serão novos e perdidos de tristezas e cheios de esperança. Na face a alegria triste que nunca alguém poderá compreender a grande e enorme felicidade que ela me trouxe apesar dos pesares.


Dedico de Certo aos meus amigos e colegas aqueles que conseguem comprender o seu incompreensível. Feliz 2011

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Amor pra Dois


Ainda ontem eu vi aquela mesma folha que iniciou toda essa historia. A vi cair lindamente no chão e ela, aquela velha folha seca de outono me encantou. Estava na varanda do meu apartamento, ele estava comigo ao lado, estava fazendo frio, mas seu corpo me aquecia, era lindo aquela olhar de menino. Suas mãos me abraçavam me pegavam simplesmente me amavam aquela mão, só estava então eu e ele, nós dois. Mais cedo eu o via dormir por debaixo daqueles lençóis branco seu corpo moreno, suas coxas, ele dormia tão lindamente e eu o olhava e me perguntava: como o amo? Perguntava-me: como nós podemos?! Não sei como, mas sei que podemos e fazemos nos amamos, nos sentimos, nos tocamos, invadimos um ao outro sem trocar ou dizer uma palavra, no silencio o gozo de nosso prazer a todos um olhar.

Meus olhos ao dele são como conversas longas que não param de acontecer, são pesadelos para os homens ridículos e para as mulheres chulas, somos nós dois mais íntimos que amantes. E meu corpo quando entregue ao dele era tomado, dominado, o garoto que vejo agora deitado ao sono trata-me feroz e amorosamente. Minha boca em teus lábios carnudos, minhas mão em tua pele macia e o toque em seu abdômen deixa-me cada vez mais... De tudo acordo pela manhã com a pessoa que amo, não a que me forçaram a amar, acordo todas as manhãs com a escolha que fiz, não com o arrependimento de não fazer, acordo amando quem amo, não fingindo ser quem não sou.

Sinto saudades de aquele corpo entrar em mim, sentir o meu, invadir, tomar-me sem permissão, dizer que sou dele. Tira minha roupa e me beija. Beija-me fortemente e as peças que antes nos vestia agora estão todas no chão. E ele me toma, me beija o corpo e eu o beijo o corpo desço vou até seu gozo de prazer, tomo seu corpo e dele faço todo meu amor transbordar e a cada gesto de prazer que escuto e sinto meu corpo chama por mais. Ele me joga na cama me domina, entrar em mim como a água que bate as pedras no ir e vim de uma onda. Eu? Sinto não dizer mais o que sinto, por que para entender o que sinto somente provando de nosso amor.

Acordo pela manhã e o vejo com disse. Vou a varanda do meu apartamento e vejo aquela ultima folha cair no chão, a folha seca do outono o principio do frio do inverno, mas o aquecer de meu corpo será dado ao meu amor que está ao meu lado.

domingo, 21 de novembro de 2010

Santa Puta, Santa Mulher




Manhã. Sol saindo do chão e erguendo-se para dominar, ter o controle do céu. O sol com certeza é o dono e percussor de toda a vida e toda luz. Carros, buzinas, uma após doutra. Engarrafamento, xingamentos e um caos que começa todas as manhãs e acaba no inicio de seu ciclo vicioso. Mão no chuveiro, água cai no corpo dela, mulata, mulher e água contorna o corpo dela, logo após já está com a roupa na mão, toca o telefone, atende e ao mesmo tempo termina de se arrumar. A camisa vesti aquela barriga, aquela mulher.

Saia justa, camisa apertada modelando seus seios e teu corpo, bolsa a mão e aquela mulher ia trabalhar. Entra numa empresa de porte, os homens atiçam seus olhares sobre a mulher que para eles é vulgar, mulher de fora, não mulher para casar.

- É incrível! Só por que uso as roupas de que gosto, roupas curtas, os homens me cobiçam, acham que eu sou da vida, sou fácil, estes se enganam sou mulher direita.

Um homem aproxima-se da mulher vadia para todos, ela ainda com seu rebolado, ele se senti no direito de apertar a bunda daquela dama. Ela como boa dama dá uma bofetada na face daquele bruto, cavalo. O rapaz a olha e se ira, ele ainda senti-se no direito de questionar o ato da dama.

- Não te dou o direito que pegue em minha bunda seu...

- Se não quer esse tipo de coisa por que se vesti como vadia, sua santa puta.

A dama novamente o dá uma tapa na face do rapaz e sai de lá com orgulho ferido. A santa puta como disse as palavras do rapaz, dirige-se a entrevista de emprego, senta-se e coloca uma perna sobre outra. A mulher que a entrevistará sempre olhava para suas pernas, seus olhos foram atentos, ao trocar das pernas da mulher.

- Eu pensava que aquela mulher estava me ouvindo em tudo o que dizia, meu currículo poderia não ser dos melhores. Afinal eu só sou a três anos formada em Direito pela federal, mas ela não parava de olhar para minhas pernas.

A mulher olhava para aquelas pernas com desejo e nem olhou para o currículo. Ao final da entrevista como todas as outras a mulher falou que se o currículo dela fosse escolhido ela seria contratada. O mais interessante que desta vez a Santa puta, palavras do rapaz-homem dissera levou um papel com numero e endereço da mulher que a entrevistará, além de uma bela cantada.

- Devo confessar que fiquei sem graça, mas ela sabe como tratar uma dama. Pena que a fruta que ela não gosta eu adoro, mas não entendo por que todos nunca vêem meu currículo. Será mesmo que é por minhas roupas?

A morena chegara à casa de sua mãe, sentou-se na cadeira que estava frente à mesa e bebera um copo d'água, afinal ficara quase uma tarde inteira em um engarrafamento, merecia descansar. Chegou sua filha que a deu um beijo na face, sua mãe como sempre reclamava dos trajes que a filha usava, mas como sempre ela não deu corda.

- Sabe?! Eu não quero para minha filha o futuro que eu tive, quero que ela se possa ter um futuro bom, apesar de ser formada em nível superior as empresas não valorizam meu potencial. Penso eu por que sou mãe solteira e já vêem como um empecilho, mas nunca irei negar que tenho uma filha para poder conseguir um trabalho. Minha filha é minha vida, meu motivo de viver.

A pequena garota estava com um vestido lindo, havia ganhado de seu pai. A menina aplicava-se e com a ajuda da mãe estudava muito, era nova mais já muito dedicada e caprichosa no que faz. As pessoas admiram, vêem na garota futuro, nem parece que é pobre.

- Falam:- “Filha de pobre tem que ser assim mesmo, parece que por sermos pobres temos a obrigação de sermos bons, por que temos que mostrar nossos valores, somos humanos, somos "iguais", não , não somos iguais, acho que dizem isso por que minha filha é negra.

Mais uns início de dia e o ciclo vicioso continua a acontecer. A santa puta, com suas roupas curtas, com seus trajes sedutores, com sua vulgaridade comum, mas com sua personalidade inigualável. A Santa puta quer provar que pode. Muda a roupa, houve sua mãe, coloca um vestido, um decote lindo, um salto alto. Colocou ao final de um penteado que valorizava a sua raiz negra, seus cachos, um colar e fora desta vez a procura de um emprego. As vizinhas fofoqueiras ficaram admiradas, olharam todas ao novo modelo de mulher. Novamente o ônibus lotado e ela sem preocupação. Entrou no prédio da entrevista, os homens desta vez não a olharam com tanto desejo, olharam-na como mulher, deram-na o respeito merecido.

- Foi incrível como todos ficaram com as bocas abertas. Eu só mudei uma roupa e as pessoas me trataram de outra forma, quando entrei mesmo o rapaz da entrevista não ficou tentando olhar por debaixo de meu vestido para saber...

O rapaz que a entrevistará a fez algumas perguntas, suas respostas o surpreendiam a cada segundo. Ao final da entrevista ela já estava esperando a velha resposta, mas foi incrível o que a mudança de uma roupa fez.

- Eu ouvi o: contratada, será que foi por causa da roupa?

Daquele dia em diante a mulher que todos os homens chamavam de Santa Puta, tornou-se Santa Mulher. O incrível que a mulata era safada, ás vezes, na noite aprontava com seu homem, seu companheiro, seu amor algumas coisas. Dava-lhe uns beijos e amasso, faziam amor.

- Não é por que visto roupas certas ou ditas vulgares que não posso aprontar das minhas a noite.

Santa Mulher vesti roupa vulgares, Santa Puta disfarça-se de freira e vesti a moda da casa.