Manhã. Sol saindo do chão e erguendo-se para dominar, ter o controle do céu. O sol com certeza é o dono e percussor de toda a vida e toda luz. Carros, buzinas, uma após doutra. Engarrafamento, xingamentos e um caos que começa todas as manhãs e acaba no inicio de seu ciclo vicioso. Mão no chuveiro, água cai no corpo dela, mulata, mulher e água contorna o corpo dela, logo após já está com a roupa na mão, toca o telefone, atende e ao mesmo tempo termina de se arrumar. A camisa vesti aquela barriga, aquela mulher.
Saia justa, camisa apertada modelando seus seios e teu corpo, bolsa a mão e aquela mulher ia trabalhar. Entra numa empresa de porte, os homens atiçam seus olhares sobre a mulher que para eles é vulgar, mulher de fora, não mulher para casar.
- É incrível! Só por que uso as roupas de que gosto, roupas curtas, os homens me cobiçam, acham que eu sou da vida, sou fácil, estes se enganam sou mulher direita.
Um homem aproxima-se da mulher vadia para todos, ela ainda com seu rebolado, ele se senti no direito de apertar a bunda daquela dama. Ela como boa dama dá uma bofetada na face daquele bruto, cavalo. O rapaz a olha e se ira, ele ainda senti-se no direito de questionar o ato da dama.
- Não te dou o direito que pegue em minha bunda seu...
- Se não quer esse tipo de coisa por que se vesti como vadia, sua santa puta.
A dama novamente o dá uma tapa na face do rapaz e sai de lá com orgulho ferido. A santa puta como disse as palavras do rapaz, dirige-se a entrevista de emprego, senta-se e coloca uma perna sobre outra. A mulher que a entrevistará sempre olhava para suas pernas, seus olhos foram atentos, ao trocar das pernas da mulher.
- Eu pensava que aquela mulher estava me ouvindo em tudo o que dizia, meu currículo poderia não ser dos melhores. Afinal eu só sou a três anos formada em Direito pela federal, mas ela não parava de olhar para minhas pernas.
A mulher olhava para aquelas pernas com desejo e nem olhou para o currículo. Ao final da entrevista como todas as outras a mulher falou que se o currículo dela fosse escolhido ela seria contratada. O mais interessante que desta vez a Santa puta, palavras do rapaz-homem dissera levou um papel com numero e endereço da mulher que a entrevistará, além de uma bela cantada.
- Devo confessar que fiquei sem graça, mas ela sabe como tratar uma dama. Pena que a fruta que ela não gosta eu adoro, mas não entendo por que todos nunca vêem meu currículo. Será mesmo que é por minhas roupas?
A morena chegara à casa de sua mãe, sentou-se na cadeira que estava frente à mesa e bebera um copo d'água, afinal ficara quase uma tarde inteira em um engarrafamento, merecia descansar. Chegou sua filha que a deu um beijo na face, sua mãe como sempre reclamava dos trajes que a filha usava, mas como sempre ela não deu corda.
- Sabe?! Eu não quero para minha filha o futuro que eu tive, quero que ela se possa ter um futuro bom, apesar de ser formada em nível superior as empresas não valorizam meu potencial. Penso eu por que sou mãe solteira e já vêem como um empecilho, mas nunca irei negar que tenho uma filha para poder conseguir um trabalho. Minha filha é minha vida, meu motivo de viver.
A pequena garota estava com um vestido lindo, havia ganhado de seu pai. A menina aplicava-se e com a ajuda da mãe estudava muito, era nova mais já muito dedicada e caprichosa no que faz. As pessoas admiram, vêem na garota futuro, nem parece que é pobre.
- Falam:- “Filha de pobre tem que ser assim mesmo, parece que por sermos pobres temos a obrigação de sermos bons, por que temos que mostrar nossos valores, somos humanos, somos "iguais", não , não somos iguais, acho que dizem isso por que minha filha é negra.
Mais uns início de dia e o ciclo vicioso continua a acontecer. A santa puta, com suas roupas curtas, com seus trajes sedutores, com sua vulgaridade comum, mas com sua personalidade inigualável. A Santa puta quer provar que pode. Muda a roupa, houve sua mãe, coloca um vestido, um decote lindo, um salto alto. Colocou ao final de um penteado que valorizava a sua raiz negra, seus cachos, um colar e fora desta vez a procura de um emprego. As vizinhas fofoqueiras ficaram admiradas, olharam todas ao novo modelo de mulher. Novamente o ônibus lotado e ela sem preocupação. Entrou no prédio da entrevista, os homens desta vez não a olharam com tanto desejo, olharam-na como mulher, deram-na o respeito merecido.
- Foi incrível como todos ficaram com as bocas abertas. Eu só mudei uma roupa e as pessoas me trataram de outra forma, quando entrei mesmo o rapaz da entrevista não ficou tentando olhar por debaixo de meu vestido para saber...
O rapaz que a entrevistará a fez algumas perguntas, suas respostas o surpreendiam a cada segundo. Ao final da entrevista ela já estava esperando a velha resposta, mas foi incrível o que a mudança de uma roupa fez.
- Eu ouvi o: contratada, será que foi por causa da roupa?
Daquele dia em diante a mulher que todos os homens chamavam de Santa Puta, tornou-se Santa Mulher. O incrível que a mulata era safada, ás vezes, na noite aprontava com seu homem, seu companheiro, seu amor algumas coisas. Dava-lhe uns beijos e amasso, faziam amor.
- Não é por que visto roupas certas ou ditas vulgares que não posso aprontar das minhas a noite.
Santa Mulher vesti roupa vulgares, Santa Puta disfarça-se de freira e vesti a moda da casa.
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